Crónica do mano-a-mano Diego Ventura/Roca Rey - POR JOSÉ LUIS FIGUEIREDO


DOM DIEGO VENTURA
Magistral? fenomenal? eu sei lá... encontrar adjectivos para rotular a lide de Ventura, no (seu), último toiro da noite, é tarefa para a qual não tenho "estudos". 
Se é certo, que Diego esteve irrepreensível, nos dois primeiros, que lidou, no terceiro "pintou o quadro", para além da arte e magia toureira, anteriormente derramada, Ventura aproveitou as investidas fortes do hastado, para executar sortes frontais, de elevada emotividade que levaram o público ao rubro. O toureiro a cavalo foi bordado a ouro.
Olé maestro.

ROCA REY
Ainda, não foi desta que Roca, "partiu a loiça", esteve bem é certo, houve alguns muletazos, onde a magia do seu toureio se assomou, mas soube a pouco, o tal Roca Rey, triunfador das grandes feiras taurinas do planeta, ainda não montou catedra em Portugal.
FORCADOS
Realce para a última pega da noite, executada por Leonardo Mathias, que esteve enorme em ambas as tentativas.
Os outros dois toiros, foram pegados sem dificuldade, pelos consagrados José Maria Bettencourt e Nuno Inácio.

TOIROS
A cavalo foram lidados toiros de D.Maria Guiomar Cortes Moura, que "ofereceu" ao toureiro excelentes condições para dar largas à sua maestria.
Para Roca Rey, vieram de terras de Espanha, três exemplares da prestigiada ganadaria de Juan Pedro Domecq que à excepção do terceiro, um pouco andarilho e a cabecear na muleta, durante a investida serviram.

ASSIM NÃO 
Sabemos, que as figuras do toureiro "opinam" sobre as ganadarias a lidar, algo compreensível pois também sabemos, que antes de atingir tal estatuto comeram o pão que o diabo amassou, caminharam por caminhos tenebrosos, enfim conquistaram (com sangue e lágrimas) esse direito, no entanto pensamos que tudo tem limites e o primeiro (...) Domecq, que saiu à arena da Daniel Nascimento, destinado a Roca Rey era impróprio para consumo. 
Cuidado que o tiro pode sair pela culatra.
José Luís Figueiredo