Ganadarias de bravo facturam 4,4 milhões de euros.


A exportação de toiros de Portugal para os mercados de Espanha e França rendeu, em 2015, 1,2 milhões de euros. Uma subida exponencial de 62% face a 2014, segundo dados revelados pela PRÓTOIRO, Federação Portuguesa de Tauromaquia. Mais relevante ainda: segundo a análise efectuada, este crescimento é também acompanhado por um progresso na própria economia da tauromaquia. Num ano em que foram lidados mais de 1600 toiros, a economia directa ligada à sua venda ascende aos 3,2 milhões de euros, acrescendo ainda o valor das exportações, o que produziu um volume global de negócios que ascendeu aos 4,4 milhões de euros. A estratégia de internacionalização tem-se revelado uma aposta de sucesso, por permitir uma cada vez menor dependência do sector face à importação – 53 reses em 2013; 22 em 3014; e 25 em 2015. Em apenas três anos, o decréscimo na importação de toiros e o subsequente aumento nos valores da exportação espelham o sucesso de uma nova dinâmica estratégica, destinada a fortalecer a economia taurina em Portugal. Os bons resultados desta estratégia confirmam-se ainda ao nível dos espectadores: as transmissões televisivas registaram um acumulado de três milhões de telespectadores, com picos de audiência de 700 mil. Nas Corridas de Toiros, verificou-se uma ocupação média de mais de 70%, com espetáculos em praticamente todo o país. Houve um aumento global de 1,8% de espectadores somando 462 mil pessoas, quase meio milhão de espectadores. Nas palavras de João Santos Andrade, presidente da Federação Portuguesa de Tauromaquia, “estes números são muito positivos e dão-nos boas perspectivas para o setor nos próximos anos.” Resultado desta aposta, existem hoje 102 ganadarias no País, de diferentes dimensões, chegando as maiores a ter capacidade para 800 reses bravas, em que o valor médio por toiro ronda os dois mil euros.

                                                                                                                         (Prótoiro)