S. Manços a verdade do verdadeiro toiro de lide.
O toiro, ou melhor o verdadeiro toiro; não interessa se é bravo ou manso! É um toiro que impõe uma outra seriedade ás actuações dos artistas. Em S. Manços foi isto mesmo que aconteceu. Toiros para toureiros de entrega e valor, dispostos a triunfar com seriedade e arte. Assim foram a imagem disso mesmo Luis Rouxinol, Marcos Bastinhas e Jacobo Botero. Quanto aos Grupos de Forcados Amadores de Santarém e São Manços estiveram com uma dignidade e entrega a toda a prova. Os de "Veiga Teixeira" tal como era de esperar estavam bem apresentados, com idade e sérios, não abundantes de bravura, o sexto da ordem foi "toiro para toureiro brilhar". Luís Rouxinol esteve uma vez mais em noite acertada. Superou e deu a volta ao seu primeiro, nunca lhe dando muito confiança, pois quando o fez, surgiu um ou outro toque. Uma boa lide, sem nada de extraordinário face á rubricada no segundo toiro do seu lote, com uma série de curtos de grande nível com a "Viajante", rematando a sua actuação, após trocar de cavalo, com um de palmo e um par de bandarihas cingidos. Uma actuação que lhe valeu o prémio para a melhor lide. Marcos Bastinhas frente ao segundo da noite esteve correcto, entendendo o toiro, lidando-o e cravando com acerto, tendo o cavaleiro e o "Capanegra" podido com o toiro em todos os terrenos, transparecendo uma facilidade para o publico, que na realidade o toiro não deu. No segundo do seu lote e após uma boa série de compridos, Bastinhas cobra dos curtos de valor com batida ao piton contrário, fechando com um sério par de bandarilhas. Jacobo Botero foi apagado face ás boas prestações dos seus colegas. Se no primeiro ainda aguentou a pressão, já no ultimo da noite e o melhor do curro, Botero deixou escapar uma possivel boa actuação. Nervosismo ou pressão, Botero não provou, tendo capacidades toureiras para mais. Quanto a publico praça cheia tendo sido director de corrida Agostinho Borges, como habitualmente sem nada a apontar.
Francisco Santos
(Fotos D.R.)