O que pensam os cavaleiros António Ribeiro Telles, Luís Rouxinol e Marcos Bastinhas da Corrida TV que amanhã tem lugar na Praça de Toiros do Campo Pequeno.


A ganadaria Murteira Grave tem sido determinante para António Ribeiro Telles. "Ao longo da minha carreira têm sido muitos os triunfos que obtive com toiros da ganadaria Murteira Grave", refere o cavaleiro que recorda, em particular dois toiros, um lidado em Coruche, e outro no concurso de ganadarias de Évora. "Há 5 ou 6 temporadas atrás, não estou agora seguro, lidei em Coruche um 'Grave' extraordinário, um toiro de pelagem amarela, que foi tão bom que o Joaquim (Murteira Grave) o levou para o campo para o testar como semental". Uns anos antes, tinha lidado no concurso de ganadarias de Évora, um toiro que me proporcionou um dos maiores êxitos da minha carreira, mas ao mesmo tempo um dos êxitos mais suados de sempre".
E António Telles explica porquê: "Era um toiro bravo, mas de uma bravura extremamente violenta. Lidei-o com um cavalo extraordinário que tive, o 'Gabarito' e as coisas embora tenham sido duras, correram muitíssimo bem…tão bem que é um dos toiros que mais recordo na minha carreira".
Afirma ter uma admiração "muito especial pelo modo, competência e saber com que Joaquim Murteira Grave vem orientando a ganadaria". Pelo que já se informou sobre os seis toiros que virão para o Campo Pequeno "trata-se de animais com excelente 'reata', o que é sempre agradável saber, e com um trapío absolutamente irrepreensível. Um 'corridão' sem dúvida".
Relativamente à corrida, propriamente dita, entende tratar-se de "uma das mais prestigiadas da temporada, uma corrida de grande visibilidade e que contribuirá positivamente para a divulgação da festa de toiros", sublinhado ainda o prazer que sente em fazer parte do seu cartel e a responsabilidade artística que pesa sobre os seus ombros.
António Ribeiro Telles formula ainda um desejo: "Para além de eu querer triunfar, queria também que esta corrida fosse um triunfo de nós todos, cavaleiros forcados e ganadero, o que significaria também um grande triunfo da festa".
A "LII Corrida da RTP" tem no seu cartel os nomes dos cavaleiros António Ribeiro Telles, Luis Rouxinol e Marcos Bastinhas, estando as pegas a cargo dos grupos de forcados amadores de Santarém e do Aposento da Moita, capitaneados, respectivamente por João Grave e José Maria Bettencourt, os quais se apresentam no Campo Pequeno, pela primeira vez nas chefia dos seus grupos. Lidam-se seis imponentes toiros de Murteira Grave.
A anteceder a corrida, actuará o grupo musical "Sangre Ibérico", projecto musical que cruza no seu reportório o fado e o flamenco, duas expressões da cultura musical ibérica que, por sua vez, estão intimamente ligadas ao mundo do toureio.


O cavaleiro atribui a esta presença na primeira praça do país, "a máxima importância", pelo local, a 'capital mundial do toureio a cavalo' e pela circunstância de se tratar da "corrida de maior antiguidade e prestigio entre aquelas que levam o nome de um órgão de comunicação social".
"Vou ao Campo Pequeno para, como sempre, dar tudo por tudo, por respeito ao público de uma praça que, ao longo da minha carreira sempre me acarinhou de uma forma muito especial e onde alcancei grandes triunfos, mas também pelo respeito que me merecem os meus companheiros de cartel os quais, igualmente, não são pessoas para voltar costas a um desafio desta importância", afirmou.
Para Luis Rouxinol, a competição na arena é o que mais motiva o público. "O público, para se entusiasmar, tem de sentir rivalidade e competição entre os artistas que estão na arena e, ao mesmo tempo, compreender o elevado grau de risco que é enfrentar um toiro".
Relativamente aos toiros para esta corrida (seis "Graves"), considera serem "imponentes, com enorme trapío, bem na linha a que a família Murteira Grave nos habituou ao longo dos anos" e formula um desejo "que saiam com bravura proporcional ao trapío, que sejam seis excelentes toiros no que a condições de lide se refere e, claro está: Que Deus reparta a sorte, para que seja uma noite de toiros inolvidável".
Em termos de balanço sobre o que vai da actual temporada, Luis Rouxinol considera-o "bastante positivo, com prestações de bom nível e de grande regularidade", o que o deixa de certa forma satisfeito pois, faz questão de acentuar, "manter a regularidade a um nível alto é o mais difícil, não só ao longo de uma temporada, como ao longo de uma carreira como, felizmente, tem sido o meu caso".
De momento, considera que as suas montadas em melhor forma são a "Viajante e o "Douro".
O cartel da "LII Corrida da RTP" completa-se com a presença dos grupos de forcados amadores de Santarém e do Aposento da Moita, capitaneados respectivamente, por João Grave e José Maria Bettencourt.


Ilusão, entrega e respeito pelo público constituem os três pilares que motivam diariamente o trabalho do cavaleiro Marcos Bastinhas para que a corrida em que participa no Campo Pequeno, na próxima quinta-feira, tenha em si um triunfador.

“Na ilusão, englobo o meu desejo de, a cada dia que passa, aperfeiçoar a minha forma de tourear, a qual é fruto da minha entrega diária, na preparação dos cavalos e na compreensão do toiro. Nunca defraudar o público é para mim ponto de honra e ao Campo Pequeno um artista só pode vir com um objecto: Triunfar!”, concretiza,
Marcos Bastinhas manifesta o maior respeito e admiração pela trajectória profissional dos seus alternantes que serão António Ribeiro Telles e Luis Rouxinol: “António Ribeiro Telles é um cavaleiro que dá sempre gosto ver tourear. É um verdadeiro senhor da tauromaquia”. Quanto a Luis Rouxinol, classifica-o como “uma grande figura, um cavaleiro que está sempre preparado para dar e dá sempre o melhor de si”.
Manifesta também o maior respeito pelos grupos de forcados amadores de Santarém e do Aposento da Moita, “dois grupos de enorme prestigio e cujos cabos, forcados que muito admiro, o João Grave e o José Maria Bettencourt, estarão pela primeira vez no Campo Pequeno nessa funções. Aos dois novos cabos desejo as maiores felicidades nesta etapa das suas vidas, à frente de tão prestigiados grupos”.
Quanto ao que o púbico pode esperar de Marcos Bastinhas, é peremptório: “Luto com as minhas próprias armas: trabalho e vontade de triunfar qualquer que seja a praça. O Campo Pequeno, pela sua condição de ‘Catedral Mundial do Toureio a Cavalo’ é a praça de maior responsabilidade e, por isso, estou contando os dias que faltam para a corrida, sentindo em mim uma cada vez maior vontade de triunfar. E faço votos para que o triunfo seja não só meu, mas igualmente dos meus alternantes e do ganadero”.
Manifesta também o seu apreço pelo curro da ganadaria Murteira Grave que será lidado na quinta-feira: “É uma ganadaria do máximo prestigio em todo o mundo taurino. Leva ao Campo Pequeno um curro magnífico de trapio o qual, por certo, irá proporcionar momentos de grande emoção e verdade. Emoção e verdade é algo que tem de estar sempre presente na festa de toiros. Sem emoção, o espectáculo tauromáquico perde o seu principal aliciante. Mas não me parece ser difícil vaticinar que este curro vai proporcionar arte e emoção, ou seja: a verdade, que tanta falta faz à Festa”.
A anteceder esta que será a 52ª Corrida RTP, às 21h45, actuará o grupo “Sangre Ibérico”, um dos mais interessantes projectos musicais surgidos em Portugal nos últimos tempos, fortemente influenciados pelo flamenco, e pelo fado, revelados ao grande público no “Got Talent Portugal”, emitido na RTP1.